O Rei dos pudins

A riqueza da doçaria portuguesa tem grande parte da sua origem nos conventos e mosteiros portugueses. As claras de ovos utilizadas para a confecção de hóstias ou para engomar os hábitos deixavam as gemas, que, para não serem desperdiçadas, levaram as freiras e frades a aperfeiçoarem as receitas ancestrais e familiares, criando ou recriando doces ricos em açúcar, gemas e frutos (secos ou da época).

Alcobaça, de onde é originária a receita do pudim que hoje vos trago, tornou-se  pioneira na preservação e divulgação do riquíssimo património cultural que é a doçaria, deixada pela presença dos monges e monjas cistercienses dos conventos de Alcobaça e Coz.

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Imagem tirada da net do mosteiro de Alcobaça

O ingrediente principal deste pudim, e por isso conventual, são os ovos, 12 precisamente, a eles juntamos calda de açúcar, amêndoa,manteiga e temos um doce de se ” bradar aos céus”o que não é de se admirar devido à sua origem!

 

 

Receita

Material

  • Forma de chaminé com 23cm
  • Tabuleiro onde caiba a forma com água

Ingredientes

  • 10 gemas + 2 ovos inteiros temperatura ambiente
  • 500g de açúcar
  • 1/2 litro de água
  • 35g de manteiga s sal à temperatura ambiente
  • 150g de miolo de amêndoa moido com pele

Preparação

  1. Leva-se ao lume a água e o açúcar até ficar ponto pérola. Se tiverem dúvidas como se atinge o ponto podem verificar aqui
  2. Deixa-se arrefecer um pouco, unta-se uma forma com manteiga e deita-se 200ml da calda.
  3. À calda restante junta-se a manteiga e a amêndoa, cortam-se os ovos com uma faca para não os arejar, e juntam-se ao preparado anterior, só a envolver! Não queremos ar no pudim.
  4. Deita-se muito devagar na forma. Vai ao forno em banho maria a 150ºC durante 60 minutos.

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Bom apetite!

Beijos e abraços

Ana

Se fizer o Rei dos pudins, tire uma foto e publique no instagram #acozinhadaanikas, gostaria muito de ver como  o pudim tomou forma na sua cozinha.

 

2 opiniões sobre “O Rei dos pudins

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